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Pesquisadores reúnem estudos sobre impactos do vazamento de óleo no Nordeste

Ingestão de óleo, alterações nas proporções de sexo e tamanho, anormalidades em larvas e ovos, alterações comportamentais, aumento de mortalidade… Esses são alguns dos impactos observados em espécies marinhas como consequência do vazamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro em 2019 e 2020, um dos maiores crimes ambientais da história do País.

Isso é o que aponta recente estudo do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará, em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), publicado no periódico internacional Marine Environmental Research. O artigo de revisão reúne alguns dos principais achados de pesquisas que se debruçaram sobre o vazamento.

Ao todo, o óleo atingiu 11 estados brasileiros, principalmente no Nordeste do País, e as consequências do derramamento mesmo hoje são sentidas, sobretudo pela população litorânea. Quatro anos depois, o trabalho dos pesquisadores buscou elencar essas consequências e apontar quais lacunas ainda devem ser preenchidas sobre o caso do ponto de vista ambiental e científico.

O artigo aponta que 10 diferentes ecossistemas foram atingidos pelo óleo, sendo os principais: estuários (ambiente aquático de transição entre um rio e o mar), florestas de mangue (manguezais), prados de ervas marinhas (espaços abertos e amplos, ao longo da costa marinha, cobertos por vegetação aquática), praias, planícies de maré (ecossistemas costeiros de transição entre os ambientes marinho e terrestre), corais de águas profundas e corais de águas rasas.

Além dos impactos já mencionados, os estudos reunidos também apontam mutações genéticas e morfológicas de espécies, contaminação por metais e hidrocarbonetos tóxicos, mudanças nas taxas de sobrevivência, diminuição na riqueza geral das espécies e aumento oportunista de organismos mais tolerantes a óleos.

Alguns dos impactos registrados em em diferentes espécies marinhas (Imagem: Reprodução)

Fonte: Agência UFC

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