Metal presente no glitter prejudica o crescimento de planta aquática, mostra estudo
O glitter já se consolidou como matéria-prima de roupas, adereços, peças de decoração, cosméticos e até maquiagem. E, neste mês de Carnaval, sua popularidade atinge o auge. Porém, tanto brilho não vem sem consequências: nos últimos anos, a comunidade científica tem tratado o material como poluente emergente, já que esses microplásticos (partículas com menos de 5 milímetros) não são filtrados pelos sistemas tradicionais de tratamento de água e acabam lançados diretamente em rios e oceanos, onde interferem em diferentes aspectos da vida aquática.
Estudo conduzido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) com apoio da FAPESP detectou um problema adicional: além de plástico, as partículas de purpurina carregam também metais, como o alumínio. De acordo com resultados divulgados , o metal presente no glitter pode alterar a passagem de luz pela água e comprometer a fotossíntese – processo usado por plantas para converter energia luminosa em energia química – de uma das espécies mais comuns de macrófita do Brasil, a Egeria densa, popularmente conhecida como elódea. As macrófitas são plantas aquáticas visíveis a olho nu que servem de abrigo e alimento para diversas espécies, proporcionam sombreamento, produzem oxigênio e até podem ser usadas como biofiltro em projetos de fitorremediação (purificação do solo por meio das plantas). A elódea, por exemplo, é muito usada na ornamentação de aquários e lagos artificiais.
Fonte: Agência FAPESP
Uma matéria de: Julia Moióli
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