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Diagnóstico tardio e idade mais baixa aumentam riscos de morte de crianças por leishmaniose visceral, aponta estudo

O diagnóstico precoce, a idade e os níveis de hemoglobina podem definir se uma criança irá ou não sobreviver à leishmaniose visceral. Em um estudo publicado na última sexta (23) na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical”, pesquisadores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), de Minas Gerais, verificaram que a probabilidade de sobrevivência de pacientes com a doença caiu 22% um ano após o início dos sintomas sem receber diagnóstico — e que crianças mais novas tinham menos chance de sobreviver.

Os pesquisadores estimaram a probabilidade de sobrevivência de 972 pacientes internados com leishmaniose visceral no Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros, Minas Gerais num período de vinte anos. Mais de 65% dos casos analisados eram de crianças de até 10 anos. Com uso de um questionário, eles coletaram uma série de informações socioeconômicas, laboratoriais, clínicas e diagnósticas dos pacientes, além de registros médicos de tratamento e evolução da doença e aplicaram uma análise estatística nestes dados. Os dados mostram que a mortalidade da doença é mais alta entre os mais jovens: a cada ano adicional de vida, a chance de sobrevivência aumenta 3%.

“Um indivíduo com menos de 10 anos apresenta maior probabilidade de óbito, mas sua chance de sobreviver tende a aumentar à medida que a idade avança, até certo ponto, quando surgem as comorbidades inerentes ao processo do envelhecimento”

Igor Monteiro Lima Martins, pesquisador da Unimontes e coautor do estudo

Fonte: Agência Bori

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