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Técnica desenvolvida por pesquisador da UFC garante aulas de anatomia mais realistas

Peças mais duradouras e resistentes, atóxicas e sem cheiro. Esses são alguns dos benefícios da técnica de plastinação, utilizada para conservação de materiais de estudo a serem usados em disciplinas de anatomia. A Universidade Federal do Ceará foi pioneira no Norte-Nordeste na implantação desse procedimento, realizado pelo Laboratório de Plastinação (LabPlast) que, desde 2016, colabora no tratamento de peças anatômicas naturais a serem usadas por diversos cursos de graduação e pós-graduação.

A plastinação é um procedimento de preservação de materiais biológicos e consiste na extração e substituição dos líquidos corporais por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi. Dentre as suas vantagens, estão a melhor conservação dos tecidos, o aumento da durabilidade das peças anatômicas e a manutenção da morfologia natural das estruturas. A técnica foi criada em 1977, na Alemanha, pelo médico Gunther Von Hagens e teve grande impacto nas pesquisas anátomo-científicas, possibilitando a formação de acervos de museus e a realização de estudos mais precisos na área de saúde. Todavia, o procedimento possuía um fator limitante: a perda de colorações naturais das peças. 

Explica Helson Silveira que os pesquisadores da UFC desenvolveram um procedimento que sofistica a plastinação mediante o uso de pigmentos, gerando nos materiais tons de cores similares aos da realidade.

De acordo com o servidor técnico-administrativo Helson Silveira, o uso de pigmentos na plastinação traz incrementos na qualidade didática das peças (Foto: Ribamar Neto/UFC Informa)

Até então, o trabalho de plastinação exigia a pintura manual das peças usadas nas lições de anatomia, o que demandava bastante tempo de produção. A técnica criada na UFC, destaca Helson, entrega um processo aprimorado para a elaboração desses materiais, bem como implica na redução de custos.

“A grande vantagem é a melhoria da qualidade didática da peça plastinada, permitindo diferenciação entre tecidos e estruturas anatômicas. Outra é a praticidade, evitando todo um trabalho de pintura, e, adicionalmente, precisão, visto que podemos aplicar os pigmentos direcionados a regiões específicas de interesse através da rede vascular”

Detalha o cientista.

Fonte: Agência UFC

Uma matéria de: Cristiane Pimentel

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