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Cientistas avançam nos estudos sobre a DMT, a “molécula do espírito”, que pode ajudar a combater a depressão grave

O mundo tem assistido ao rápido avanço de uma epidemia silenciosa de depressão. Em 2019, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já estimava que mais de 280 milhões de pessoas viviam com um transtorno do tipo no mundo. Com a pandemia de covid-19, estima-se que o número tenha saltado 25%. O crescimento acelerado tem impulsionado a busca por novos antidepressivos, mais eficazes e com efeitos clínicos mais rápidos do que os atualmente existentes.

Além disso, cerca de 30% dos pacientes com depressão não respondem a nenhum fármaco existente no mercado, a chamada depressão resistente ou refratária, o que mostra a necessidade de se procurar novas estratégias com efeito antidepressivo.

A busca por novas substâncias antidepressivas encontrou terreno fértil com o boom da retomada dos estudos de psicodélicos nos últimos anos. Uma das mais promissoras para casos severos de depressão está na DMT, ou N,N dimetiltriptamina, molécula que possui um efeito psicoativo poderoso, e mais seguro quando comparado ao de outras substâncias.

Na natureza,  DMT está presente em vários vegetais e alguns animais. Seus efeitos psicoativos ganharam notoriedade a partir de infusões de plantas como a jurema e a chacrona, esta última utilizada em rituais sagrados milenares na região amazônica e por grupos religiosos urbanos na elaboração da ayahuasca.  No Brasil, o uso do chá é autorizado apenas para finalidades religiosas.

Fonte: Agência UFC

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