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Mortalidade prematura por doenças crônicas caiu no Brasil

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que incluem problemas cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus, continuam sendo a principal causa de mortes no Brasil. Dados preliminares do Painel de Monitoramento da Mortalidade Prematura por DCNT do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DAENT) do Ministério da Saúde (MS) indicam que, em 2024, foram mais de 300 mil mortes por doenças crônicas não transmissíveis no país.

Publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela Fiocruz, por meio do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e do Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz), pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade de Washington mostra que o Brasil avançou na redução da mortalidade prematura por essas doenças ao longo das últimas três décadas. No entanto, o progresso não tem sido suficiente para garantir que o Brasil cumpra a meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que prevê a redução em um terço dessas mortes até 2030.

Segundo a pesquisa, entre 1990 e 2021, a probabilidade incondicional de morte prematura (entre 30 e 69 anos) por DCNT caiu de 23,3% (0,233) para 15,2% (0,152). O declínio é atribuído a melhorias no acesso à saúde, na expansão de políticas públicas voltadas à prevenção e nos avanços relacionados ao tratamento das doenças. No entanto, ainda assim, as projeções realizadas pelo estudo apontam que, mantidas as atuais tendências, a meta global pode não ser atingida em nenhum critério: nem por sexo, nem por nível de desenvolvimento sociodemográfico.

O estudo foi baseado em dados do Global Burden of Disease 2021 do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME), obtidos a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do MS.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

Uma matéria de: Lívia Oliveira

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