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Mulheres indígenas têm maior ocorrência de mortes durante a gravidez e o pós-parto, evidencia pesquisa

As mulheres indígenas morrem mais durante a gravidez e o puerpério que mulheres de outras etnias. Elas tiveram uma maior quantidade de mortes maternas em comparação a de mulheres não indígenas, no período de 2015 a 2021. Os dados são de estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) publicado na revista científica “International Journal of Gynecology and Obstetrics”.

O grupo avaliou os 13.023 casos de morte materna de 2015 a 2021 registrados na base de dados DataSUS, do Ministério da Saúde (MS). Deste total, 1,6% eram mortes de indígenas. Para comparar mortes maternas de mulheres indígenas e não indígenas, os pesquisadores calcularam a razão de morte materna, índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que divide o número de mortes pelo número total de 100 mil nascidos vivos de determinado grupo.

O trabalho aponta, ainda, que a maior parte das mortes maternas entre indígenas aconteceu após o parto.

“Isso evidencia que o cuidado às mulheres indígenas no pós-parto está sendo negligenciado”

José Paulo Guida, coautor do estudo da Unicamp

Segundo os dados, a principal causa dessas mortes foi a hemorragia, diferente dos dados gerais de morte materna no Brasil, causados por hipertensão.

Fonte: Agência Bori

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