Pesquisadores desenvolvem sistema de videomonitoramento para detectar violência usando inteligência artificial; UFC integra equipe internacional
Mais de 4.040 câmeras compõem atualmente o sistema de videomonitoramento do Ceará, o qual é integrado por 71 centrais ao redor do território cearense, conforme dados do Governo do Estado. Uma das principais estratégias para prevenir crimes e ajudar a detectar delitos, o videomonitoramento está cada vez mais presente no cotidiano das cidades, mas o intenso incremento no volume de imagens captadas desafia a eficácia do método.
Uma solução para esse problema é apresentada nos estudos desenvolvidos em parceria entre pesquisadores da Universidade Federal do Ceará e de universidades da Coreia do Sul e do Irã.
Com base em inteligência artificial, o sistema é treinado para identificar tanto situações de violência quanto a presença de objetos suspeitos. Ao monitorar ambientes em tempo real, ele detecta os elementos e condições duvidosas e envia um alerta, por computador ou celular, para que uma equipe avalie a situação naquele dado momento.
“Todas as cenas são registradas ao longo do dia. Entretanto, somente aquelas relevantes são destacadas pelo sistema. Dessa forma, a equipe poderá analisar o que aconteceu durante todo o dia, de modo a obter mais informações que possam auxiliar na solução dos fatos”, explica o Prof. Victor Hugo C. de Albuquerque, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da UFC, que, em conjunto com uma equipe internacional de pesquisadores, desenvolveu o sistema.
Os pesquisadores apontam que o aumento significativo na implantação de câmeras de vigilância, tanto no setor público quanto no privado, tem impossibilitado o monitoramento automático das imagens, pois a detecção de determinada atividade como normal ou anormal é bastante difícil de ser avaliada de forma inteligente.
Assim, a atividade ainda requer o envolvimento do ser humano e as suas competências de gestão e monitorização para que o processo seja eficiente.
Fonte: Agência UFC