Pesquisas da UFC geram cosméticos para pele com extrato de seriguela e ácido da castanha-de-caju
Encontrar na nossa biodiversidade os ativos que possibilitam uma pele saudável e protegida da incidência solar é a proposta das duas mais novas cartas patentes da Universidade Federal do Ceará. Concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) no último mês de fevereiro, as patentes trazem como produtos dois cosméticos: um com ação fotoprotetora, antioxidante e hidratante, feito da árvore da seriguela, e um segundo com ação bactericida, redutora de oleosidade e desobstrutora de poros, a partir de um ácido oriundo da casca da castanha-de-caju.
No momento, não há previsão de testes em humanos. A ideia é que seja realizada transferência de tecnologia para que empresas interessadas possam levar os produtos ao consumidor final. Os bons resultados em laboratório, contudo, mostram que, veganos, eficazes e seguros, os cosméticos com extratos naturais disponíveis na região são ainda sustentáveis e acarretam benefícios de ordem econômica.
O uso da árvore da seriguela tem como a finalidade de cuidar da pele e de acordo com os pesquisadores, os extratos obtidos do caule e das folhas dessa planta demonstraram em testes bons resultados quanto ao fator de proteção solar (FPS). Outro benefício está relacionado à propriedade antioxidante, tendo o extrato apresentado resultados significativos, comparáveis aos da vitamina C e do BHT, duas substâncias atualmente utilizadas pela indústria da beleza com esse objetivo.
Além da capacidade protetora quanto ao fotoenvelhecimento, cosméticos elaborados com o extrato da seriguela em sua formulação – que pode ser incorporado de forma livre ou através de nanopartículas ao produto – trazem como vantagem o poder de hidratação. A apresentação do cosmético pode ser feita também nas mais diversas formas: loção, gel, creme, gel-creme, bastão ou pó.
A segunda pesquisa aborda preparações cosméticas tendo como ativo o ácido anacárdico, extraído da casca da castanha-de-caju. Com propriedades antimicrobianas, antioxidantes e antiacne, o ácido pode ser utilizado através de nanopartículas na elaboração de produtos de uso tópico para a pele, nos formatos sólido, líquido e semissólido.
Na extração da amêndoa de caju é obtido o líquido da castanha-de-caju (LCC), substância presente na casca da castanha que possui relevância econômica devido a sua ampla utilização na indústria: fabricação de tintas, vernizes, resinas, inseticidas, fungicidas, isolantes, entre outras.
Fonte: Agência UFC
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