Seis em cada dez brasileiros não praticam atividade física no tempo livre, aponta pesquisa
Seis entre dez brasileiros adultos não seguem as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de prática de atividades físicas no tempo livre. Entre os idosos, a partir de 65 anos, essa taxa aumenta para sete em cada dez. O levantamento foi feito por pesquisadores do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com instituições dos Estados Unidos e Noruega.
O artigo apontou que cerca de 60% das pessoas são inativas fisicamente, ou seja, não praticam nenhuma atividade física. Entre os idosos com 65 anos ou mais, quase 4% pratica alguma atividade de fortalecimento muscular. Cerca de um quarto (26%) dos adultos é fisicamente ativo e o restante (14%) é insuficientemente ativo.
Com base nos dados da PNS, os cientistas avaliaram a porcentagem de brasileiros que segue as recomendações da OMS de praticar atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida ou andar de bicicleta, e de fortalecimento muscular, como musculação, pilates ou yoga. Segundo a organização, 150 minutos semanais destas práticas podem contribuir para a redução da mortalidade por doenças metabólicas, cardiovasculares, alguns tipos de câncer (como mama, endométrio e próstata), além de contribuir também para o controle de peso, redução da ansiedade e outros problemas de saúde mental.
Além de não praticar as atividades recomendadas no tempo livre, um terço da população tem uma rotina sedentária: passa seis horas ou mais por dia sentada usando celulares, tablets, computadores ou na frente da televisão. “Ficar muito tempo parado traz muitos prejuízos para a saúde”, avalia Arão Oliveira, epidemiologista e aluno de pós-doutorado no Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP, primeiro autor do artigo.
Mesmo quando a pessoa tem um trabalho fisicamente ativo, é importante se exercitar no tempo livre. “A modalidade de atividade física que tem mais evidências de benefícios para a saúde é aquela praticada no tempo livre”, diz. No artigo, os pesquisadores apontam que é preciso investir em ações e programas de educação na atenção primária de saúde, promovendo e prescrevendo atividades físicas nas comunidades, cidades e municípios.
Fonte: Agência Bori
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