Solidão aumenta quatro vezes a prevalência de depressão em idosos
A depressão é quatro vezes mais comum entre idosos que relatam se sentirem sempre sozinhos – e o risco de desenvolver a doença dobra pelo simples fato de morar só. As informações são de pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que aponta, ainda, que é mais provável que mulheres com mais de 80 anos que nunca frequentaram a escola se sintam frequentemente sozinhas ou solitárias.
Na solidão, o indivíduo sente que seus relacionamentos não são suficientes para satisfazer suas necessidades emocionais. Segundo os pesquisadores, a relação entre solidão e depressão já é bem documentada, com sentimentos comuns a ambos, a exemplo da percepção negativa das interações sociais e do senso antecipado de rejeição. Já a idade pode refletir experiências de vida como viuvez e aposentadoria. Segundo outras pesquisas, em mulheres, a maior expectativa de vida e a presença de doenças mentais associa-se à maior probabilidade de solidão.
Além das relações significativas entre depressão e solidão e morar só, idosos com alimentação não saudável e que avaliam seu sono e saúde em geral como de má qualidade também sentem solidão.
“Os resultados do artigo permitem dizer que a solidão é um problema maior do que simplesmente uma experiência emocional. Esta variável tem uma relação com os determinantes sociais em saúde”, aponta Flávia Silva Arbex Borim, coautora do artigo. “Isso significa que, possivelmente, os adultos e idosos com maior probabilidade de se sentirem solitários são os com maior probabilidade de terem mais doenças e dependências, de terem mais dor e de vivenciarem mais estados emocionais negativos”, complementa a outra autora, Anita Liberalesso Neri.
Fonte: Agência Bori
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