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Turbinas eólicas podem ajudar a capturar CO2 enquanto produzem energia

Além de usar a força dos ventos para produzir energia limpa, as turbinas eólicas poderão em breve ajudar a retirar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, de acordo com uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos.

As estratégias para conter o avanço das mudanças climáticas e a acidificação dos oceanos, evitar o aquecimento global e impedir o aumento da temperatura média do mundo para além de 2 graus Celsius deverão passar necessariamente por uma redução drástica das emissões de CO2, principal gás de efeito estufa. No entanto, isso pode não ser suficiente. Também será preciso investir em sistemas de captura desse gás em larga escala.

Nos últimos anos, empresas e instituições de pesquisa de diferentes países passaram a investir no desenvolvimento de equipamentos desse tipo. Desde setembro de 2021, a Islândia conta com uma máquina para sugar o ar, filtrar e reter as moléculas de dióxido de carbono. Batizada de Orca, a instalação foi projetada e construída por uma empresa suíça e está situada a uma hora do vulcão Fagradalsfjall, na Península de Reykjanes.

A planta funciona com base em grandes blocos de ventiladores e filtros que sugam o ar e extraem seu CO2, que, em seguida, é misturado com água e injetado no subsolo, onde uma reação química o transforma em rocha. Captura cerca de 4 mil toneladas de dióxido de carbono por ano — uma quantidade ainda pequena, equivalente a tirar apenas 870 carros das ruas.

O país espera poder contar em breve com uma segunda planta, ainda maior, a Mammoth. A expectativa é que ela seja concluída nos próximos dois anos e que remova até 36 mil toneladas de CO2 do ar por ano — nove vezes mais que a Orca.

Fonte: Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do IPEA

Uma matéria de: Rodrigo Andrade

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