Vírus da zika modificado em laboratório destrói células de tumores do sistema nervoso
A transformação do vírus da zika em produto de biotecnologia para o tratamento de tumores do sistema nervoso é o resultado do projeto de uma startup criada por pesquisadores da USP. Testada com êxito em animais, uma versão sintética e modificada do vírus, que não transmite a doença, penetra nas células tumorais e, ao se multiplicar, leva essas células à morte. Os testes clínicos do tratamento devem começar em junho, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A pesquisa, conduzida pela startup de biotecnologia Vyro Biotherapeutics, empresa incubada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da USP, contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto Butantan, Harvard Medical School (Estados Unidos) e Universidade de Cambridge (Reino Unido), entre outras instituições.
O tratamento é voltado principalmente para tumores do sistema nervoso central, tanto em adultos quanto em crianças, que atingem cerca de 300 mil pessoas em todo o mundo, com sobrevida estimada em 14 meses após a descoberta do tumor.
“Também foi observado um potencial para tumor de mama tipo triplo negativo”,
Carolini Kaid, pesquisadora da Vyro, empresa criada por especialistas do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco (HUG-CELL) do Instituto de Biociências (IB) da USP.
Fonte: Jornal da USP
Uma matéria de: Júlio Bernardes
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